segunda-feira, setembro 08, 2025

Sociedades médicas que estampam marcas de laboratórios em peças de promoção de vacinas — sobretudo quando se trata de materiais simples, equivalentes a tantos outros que circulam espontaneamente pela internet — acabam, inevitavelmente, abrindo espaço para questionamentos:

  • Se não há parceria comercial nem participação do laboratório na elaboração do conteúdo, qual seria então o objetivo, senão oferecer uma espécie de “caridade reputacional”, permitindo que a marca se associe a uma conquista científica sólida — o que ainda não é questionado pela maioria — e, historicamente, dotada de maior credibilidade que a própria indústria farmacêutica? Afinal, quem estaria realmente ajudando quem?
  • Se, ao contrário, existe de fato uma parceria comercial, ela se limitaria apenas a materiais que muitos perfis individuais já produzem e compartilham em massa nas redes sociais? Para onde fluem, afinal, todos valores e interesses envolvidos? E qual o verdadeiro propósito dessa parceria específica, considerando — e não custa repetir — que vacinas ainda gozam, embora não se saiba até quando, de mais confiança pública do que os representantes da Big Pharma?
Ignorar que tais dúvidas são legítimas enfraquece a confiança da sociedade na Medicina. Mais grave ainda é quando, em vez de responder com transparência, transfere-se para a própria sociedade a responsabilidade por sua desconfiança.

segunda-feira, setembro 01, 2025

Psiquiatras que trabalharam no DSM-5 receberam US$ 14 milhões em financiamento não divulgado da indústria farmacêutica... Leia artigo do BMJ.

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