segunda-feira, julho 02, 2012

A delicada relação com a indústria farmacêutica

Leia aqui recente entrevista de Caio Rosenthal, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), sobre Ética médica: a delicada relação com a indústria farmacêutica.

O CFM preparou uma resolução, há mais de um ano, colocando limites bem rígidos para a relação médicos e indústrias. Porque resolveu flexibilizá-las recentemente?

Não acredito que haja uma justificativa “oficial” para a referida flexibilização. Na minha avaliação, o CFM deveria rever suas posições, até porque o que se sabe é que os Conselhos Regionais não foram consultados previamente ao acordo CFM-Indústria. Este acordo veio de cima para baixo. A ética não pode, em nenhuma circunstância, ser flexibilizada. E é impossível negociar com a indústria farmacêutica limites materiais e financeiros. Assim como não existe meia gravidez, também não pode existir “meia ética”. 


[LEIA NA ÍNTEGRA]

Um comentário:

  1. Quanto mais eu leio o assunto, mas penso serem equivocadas mensagens do tipo:

    ”É preciso, porém, que o médico não se deixe contaminar pelas benesses recebidas”

    ”O médico jamais poderá desviar sua conduta e principalmente sua rotina prescricional em função de vantagens recebidas, como prêmios, sorteios ou quaisquer outros benefícios”

    Incorrem na já superada perspectiva de céu ou inferno, de bons ou maus (no máximo, existiria a classificação adicional de maus esperando para mostrar as garrinhas – com um Conselho pronto para punir), de éticos ou não éticos absolutos, de quem se deixa influenciar e de quem seria imune (dando a entender que quem escreve os chavões como os acima se considera apto a esta vida de ético absoluto, enquanto alerta terceiros).

    Isto tudo ignora a complexidade das relações e seus meandros...

    Preferia o Sr Rosenthal demonstrando o quanto ele próprio poderia se complicar em meio ao sistema como funciona hoje (eu poderia – devo ser antiético) e que maneiras teríamos para lidar melhor com isto. E temo que se passem anos e não avancemos neste debate.

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