Artigo de Luis Cláudio Correia, fazendo um contrapondo parcial ao de
Drauzio Varella
"Ao analisar criticamente evidências, confesso que mantenho um viés de desconfiança da indústria farmacêutica, pois esta frequentemente propõe condutas lucrativas, porém não suficientemente embasadas. No entanto, precisamos reconhecer propostas que, embora lucrativas, sejam clinicamente benéficas. Estatinas reduzem risco de infarto em pessoas com colesterol elevado."
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O próprio Luis Cláudio Correia fez críticas às novas recomendações em
Guideline ACC/AHA sobre Colesterol: The Good, the Bad and the Ugly, demonstrando que sabe criticar, bem como defender uso de medicamentos. Neste contexto, se acabamos defendendo posicionamentos que beneficiam a indústria farmacêutica, paciência: nosso foco é a Medicina Baseada em Evidências.
Tem sido freqüente a instrumentalização desse debate por ativismos de todo tipo (anti-capitalismo, anti-Medicina, anti-medicações, e suas contrapartes), produzindo um cenário confuso, que inviabiliza a construção de um espaço de “ética possível”, como se houvesse uma condição ideal a priori da qual não se pode abrir mão. Nosso pressuposto é de que a ética das relações humanas é uma construção histórica e social, portanto é possível sua existência em qualquer tempo, lugar ou sistema econômico.
É com esta mensagem que concluímos os trabalhos de 2013.
Bom natal e feliz 2014!
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