A regulação tem que começar por quem tem mais poder e transbordar para o dia-a-dia do médico mais comum. Quase todas as iniciativas até hoje pensadas em nosso meio insinuaram regular apenas o profissional da “ponta”, deixando de fora quem toma decisões maiores e, conseqüentemente, as associações médicas.
Sugere-se com essas medidas que, entre outras coisas, quem ocupa cargos de lideranças teria automaticamente maior capacidade de gerenciar conflitos de interesse, o que não é necessariamente verdade, pelo contrário. Supervaloriza-se o efeito da canetinha recebida pessoalmente do laboratório, em detrimento dos grandes financiamentos “institucionais”.
Agora saiu isto:
Nada demais, não fosse a existência de grupamentos médicos com donos. Da mesma forma, seria irrelevante não existissem outros que alternam poder, mas com mecanismo para ocorrer entre os mesmos de sempre, difícil de romper.
O efeito dos patrocínios individuais é menor do que o dos "institucionais".
O problema está na produção e na entrega do conhecimento para o profissional da ponta, e não tanto na participação subsidiada de alguns deles nos eventos. Pagar para assistir eventos "contaminados"?
O problema está na produção e na entrega do conhecimento para o profissional da ponta, e não tanto na participação subsidiada de alguns deles nos eventos. Pagar para assistir eventos "contaminados"?