Hoje sai do meu plantão e fui tomar uma café da manhã em casa de pães e doces uruguaios, de Porto Alegre. É ponto de encontro tradicional de profissionais da indústria farmacêutica e, como de costume, lá estavam alguns.
Sentaram na mesa ao lado dois homens e, enquanto eu saboreava deliciosa media luna, acabei escutando a conversa. Discutiram, entre outras coisas, o caso de um médico que não havia aceitado uma apresentação feita pela empresa:
- "Insistiu em fazer a dele, queres dar uma olhada?" (mostrando no tablet)
- "Não, manda para o Dr. Y, se ele der o ok está bem"
Eis que, neste momento, estacionou uma linda mulher. Paramos os três para olhar. Foi impossível evitar. Quatro, na verdade. Havia sentado com a esposa em outra mesa um senhor, que nos acompanhou, e, quando virou novamente para sua companheira, foi recebido com um sorriso no rosto e um elogio dela à beleza da jovem. Então a linda mulher parou na mesa dos dois homens da indústria, os cumprimentou, e passou ao fundo da casa para compor uma mesa de mulheres da indústria farmacêutica.
- "Eu queria ser médico para estar na carteira dela", disse um deles.
- "Eu queria não pensar da forma que penso" (silenciosamente, eu próprio).
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