Segundo a autora, "médicos éticos não permitem o tratamento excessivo. As declarações de princípios da categoria dizem que um médico nunca deveria colocar os pacientes em uma situação em que os riscos excedem os possíveis benefícios". É impressionante como as pessoas desconhecem o real significado de conflitos de interesse (leia mais sobre isto aqui, aqui, aqui e aqui) e como diz respeito a todos nós, e não somente "aos anti-éticos que nos cercam".
A autora escancara ainda que desconhece aspectos relevantes do tema quando diz que nunca foi vítima de overuse e não aceita que poderia vir a ser. Eu que sou médico já fui, já não pude evitar familiares de ser, e até mesmo pratiquei. Quem não reconhece as armadilhas da discussão, a faz de forma superficial e perigosa.
Rosemary Gibson, em resumo, dá muito valor aos casos em que hospitais e profissionais de saúde aplicam deliberadamente procedimentos médicos que podem levar os pacientes à morte com o objetivo de conseguir dinheiro. Segundo seu texto, "a Associação de Medicina dos Estados Unidos classificou atos como esse de “tratamento excessivo”, do inglês overuse – procedimento médico que traz mais riscos à saúde dos pacientes do que benefícios". Acredito que qualquer um, inclusive a Associação de Medicina dos Estados Unidos, classificaria isto como corrupção ativa e formação de quadrilha. Overuse diz respeito a coisas bem mais amplas e complexas, incluem estes atos francamente desonestos, mas também, e principalmente, os conflitos da vida cotidiana, que a autora parece valorizar menos. O que me parece um grande equívoco.
Eu não traduziria o livro neste momento. Há outras obras semelhantes. Entendo que este tipo de abordagem pode aumentar a cortina de fumaça sobre nosso tema.
Rosemary Gibson, em resumo, dá muito valor aos casos em que hospitais e profissionais de saúde aplicam deliberadamente procedimentos médicos que podem levar os pacientes à morte com o objetivo de conseguir dinheiro. Segundo seu texto, "a Associação de Medicina dos Estados Unidos classificou atos como esse de “tratamento excessivo”, do inglês overuse – procedimento médico que traz mais riscos à saúde dos pacientes do que benefícios". Acredito que qualquer um, inclusive a Associação de Medicina dos Estados Unidos, classificaria isto como corrupção ativa e formação de quadrilha. Overuse diz respeito a coisas bem mais amplas e complexas, incluem estes atos francamente desonestos, mas também, e principalmente, os conflitos da vida cotidiana, que a autora parece valorizar menos. O que me parece um grande equívoco.
Eu não traduziria o livro neste momento. Há outras obras semelhantes. Entendo que este tipo de abordagem pode aumentar a cortina de fumaça sobre nosso tema.
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